terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Apenas observe




Há dias em que só pensar, não adianta
Tem que se parar
e se deixar ficar
ao sol, ao vento, ao mar.

Os movimentos das marés
são lentos,
são frágeis,
e repentinos...

A corrente vai mansamente
Cortando por entre as rochas
As aves voam, pousam,
buscam algum alimento, sem pressa.

Os pescadores estendem a rede
E levam-na devagar para a praia
Sempre no mesmo ritual,
mesmo sem peixes.

Enquanto isso...

As pessoas escondem-se nas janelas dos apartamentos
E não divisam o mar, as garças, o pescador
E não voam - não vivem